Quase 1.8 milhão dos cerca de 3 milhões de turistas que visitam Israel anualmente são cristãos fazendo turismo religioso.
O Ministério de Turismo de Israel aponta que os maiores “parceiros” atualmente são países como Brasil, Indonésia e China, que viram um crescimento de mais de 50% entre 2010 e 2012.
Não é difícil ver em qualquer dia do ano grupos de cristãos carregando Bíblias debaixo do braço na cidade que o rei Davi estabeleceu como a capital judaica cerca de 3.000 anos atrás. Embora politicamente a capital atual seja Tel Aviv, Jerusalém é o principal destino para o turismo religioso do país.
Porém, o governo de Israel não pensa apenas nos dólares deixados pelos turistas, ele vê nesse crescente movimento uma maneira de aumentar em escala global o apoio ao país sempre envolto em questões de segurança mundial.
Liderados por ministérios fundados nos Estados Unidos, a maioria dos cristãos veem o apoio a Israel como um chamado divino, alguns deles motivados por uma “urgência apocalíptica”.
Cada vez mais, o governo corteja seu apoio político, sendo que esse movimento de caráter messiânico se torna uma arma poderosa no arsenal diplomático de Israel.
No mês passado, o prefeito de Jerusalém, Nir Barkat reuniu uma multidão no Hotel King David durante o Congresso Mundial Judeu e a Knesset Christian Allies Caucus, evento que tinha o propósito de “honrar os aliados cristãos”, segundo ele. Além do prefeito estavam presentes membros do Parlamento e o rabino-chefe de Israel, Yona Metzger.
“Aproveitem a cidade de Jerusalém… e voltem para casa como embaixadores fortes do Estado de Israel e da cidade de Jerusalém. Vocês são a melhor defesa que poderíamos ter”, disse ele enquanto entregava placas comemorativas aos membros honorários da Embaixada Cristã Internacional de Jerusalém (ICEJ). Entre eles o pastor brasileiro Renê Terra Nova.
Terra Nova tem sido uma dos mais ativos defensores de Israel na América Latina, levando anualmente centenas de pessoas até Jerusalém para expressarem seu amor e apoio pelo povo judeu. Ele é o diretor nacional da ICEJ-Brasil e membro de uma rede de igrejas latino-americanas com cerca de 6 milhões de membros. Alguns dos pastores membros dessa rede chegam a visitar Israel até 30 vezes por ano levando grupos de fieis com eles.
Além do Brasil, líderes evangélicos dos EUA e Nigéria foram lembrados e estimulados a continuar apoiando o Estado judeu. De modo especial, quando a Organização das Nações Unidas, vem recebendo cada vez mais pressão para o reconhecimento do Estado Palestino.
“Há uma nova dinâmica em nosso mundo onde nossos defensores cristãos estão crescendo de forma dramática, vindo até a nação de Israel como nunca antes”, disse Jürgen Bühler, diretor-executivo da Embaixada Cristã Internacional de Jerusalém, que possui 80 filiais em todo o mundo. ”Acredito que essa reunião de hoje em Jerusalém de uma forma simboliza este movimento dinâmico que está ocorrendo, para que uma nova geração de cristãos cresça sempre ao lado da nação de Israel, não importa o que aconteça.”, comemora.
David Brog, diretor executivo do ministério Cristãos Unidos por Israel atribui o crescimento dos apoiadores vindos de países em desenvolvimento ao crescimento do número de evangélicos em países como Brasil, Coréia do Sul e Nigéria. Isso se reflete nos números do crescimento dos pentecostais, em todo o mundo.
Desde 1970, o percentual de pentecostais e carismáticos na América Latina cresceu quase sete vezes, passando de 4,4 % da população para 28% em 2005. Na África, os pentecostais mais do que triplicaram no mesmo período, saindo de menos de 5% para os atuais 17%. Isso é o que indica um relatório sobre o pentecostalismo mundial elaborado pelo Fórum Pew de Religião e Vida Pública. Com informações Christian Post e Urban Christian News.
Nenhum comentário:
Postar um comentário