Marcinho afirma que não pensa em cantar gospel
“Quando estava triste o meu coração/Eu fui para um canto e fiz essa canção”. Os versos iniciais do ‘Rap do Solitário’, primeiro sucesso de MC Marcinho — lançado em 1994, mostravam a fonte de inspiração do cantor, que trouxe um toque romântico ao ‘batidão carioca’ e logo se tornou um dos ícones do funk melody.
Dezoito anos depois, atualmente ele é evangélico, as juras de amor vão para a Palavra de Deus, mas ele avisa: ao contrário do que é especulado, não pensa em abandonar o funk.
“Desde que entrei para a igreja, as pessoas vêm comentando várias coisas, dizendo que vou parar de cantar funk. Não é verdade. Vou parar de cantar na hora que Deus achar que devo parar. Isso não vai acontecer porque fulano quer ou porque o pastor falou. Quem me resgatou do acidente e me tirou da cadeira de rodas foi Deus. Devo tudo a Deus e não ao homem. Minha meta não é parar para cantar gospel”, esclarece.
O acidente ao qual ele se refere ocorreu em 2006, na Via Dutra. A van onde o funkeiro estava perdeu a direção e bateu na traseira de um ônibus. Na ocasião, duas pessoas morreram.
O susto foi o suficiente para Márcio André Nepomuceno — assim ele é registrado — buscar na religião um novo sentido para a vida. Algo que ele busca compartilhar com os fãs em suas apresentações.
“Aproveito meu meio de comunicação para mostrar aquilo que acredito”, diz ele. Mas isso não significa que os shows ficaram desanimados. Na turnê do recém-lançado DVD ‘Tudo é Festa’, Marcinho aposta na mistura de estilos.
“Pegamos músicas de todos os ritmos e botamos em cima do tamborzão. Tem do sertanejo ao forró, passando por músicas pop e outras mais românticas. De tudo um pouco”, resume ele. “Hoje, temos um campo maior para trabalharmos dentro do funk. A tecnologia facilita bastante. E o funk, hoje em dia, é universal”, diz Marcinho.
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Fonte: O Dia